Urgente: uma vacina para o baixo crescimento
- Gesner Oliveira
- Mar 5, 2020
- 2 min read
Updated: Aug 17, 2020
Daqui a alguns meses é provável que seja desenvolvida uma vacina eficaz contra o novo coronavírus. O mesmo não pode ser dito em relação a uma vacina contra o desemprego e o dólar alto.
O PIB divulgado ontem pelo IBGE não causou surpresa, mas não deixa de confirmar que o país vive a recuperação mais lenta de sua história.
Cinco anos após o início da crise em 2014/2015, o PIB ainda está mais de 3% abaixo do registrado em 2014. Durante a famosa crise de 1929 o PIB brasileiro caiu mais de 5% nos dois primeiros anos. Porém, a economia se recuperou de tal forma nos anos seguintes que chegou em 1934 produzindo 17% acima do nível de 29.
É urgente encontrar uma vacina para a doença do baixo crescimento. A recuperação mais lenta da economia impacta diretamente a vida da população sob a forma de menos oportunidades de empregos e de crescimento das empresas. O desemprego, que chegou a bater 13,7% no auge da crise, está acima de 10% há 4 anos.
É ilusão pensar que basta o Estado gastar mais para o nível de atividade reagir. O estado brasileiro está quebrado e precisa continuar o esforço de equilibrar suas finanças, não apenas da União, mas também dos estados e municípios.
É igualmente ilusório pensar que depois desta ou daquela reforma, tudo vai mudar. Não há dia D para reforma. É preciso aumentar a velocidade do conjunto de reformas que melhoram o ambiente de negócios e simplificam a vida econômica sem a ilusão de que as coisas vão mudar com a aprovação desta ou daquela reforma.
É o conjunto da obra que importa. Destacam-se as iniciativas para aumentar o investimento em infraestrutura, especialmente mediante parcerias com o setor privado.
Daí a importância do projeto de lei geral das concessões ou do novo marco do saneamento sob exame do Congresso. O aumento do investimento privado é a variável chave para retomar a produção e o emprego.
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