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Gesner Oliveira

Mais um capítulo da novela do tabelamento do frete

Updated: Aug 19, 2020



Ao atualizar os valores da tabela de fretes por valores muito acima da inflação, de 11 a 15% dependendo do tipo de carga ou operação, o governo toma uma atitude intervencionista e nociva para a economia.


A resolução de dar inveja ao governo Argentina, além do reajuste, obriga o contratante a pagar frete de retorno para os casos de operações em que o caminhão é impedido de trazer carga na volta da viagem, como os transportadores de combustível.


Ao encarecer o custo de transporte de mercadorias o governo acaba por gerar uma elevação de custo distribuída por toda a cesta de produtos. Outra consequência é a tendência à verticalização da atividade de transporte pelas empresas. Isso gera ineficiência.


Apesar dos caminhoneiros terem grande poder de barganha, como demonstrado com a greve de 2018 que parou o país, é preciso estudar alternativas e não ceder a grupos de pressão. O mau exemplo mora ao lado, na Argentina.

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